segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fim-de-semana no Porto Marxismos da Gaveta p’ra Fora 29 e 30 de Janeiro 2011 R. da Torrinha, 151 Organizado pelo jovens do Bloco de Esquerda do Porto

Sábado
29 de Janeiro
Domingo
30 de Janeiro
11h – 12h
Marx
Luis Monteiro
Comentário: José Miranda

Che Guevara
Isabel Pires
Comentário: Duarte Canotilho

12h – 13h
Lénine
Adriano Campos
Comentário: Moisés Ferreira

Marcuse
Pedro Varela
Comentário: Xavier Brandão

almoço


14h – 15h
Trotsky
André Moreira
Comentário: Hugo Dias

Lukácks
Adriano Fontes
Comentário: Diogo Figueira

15h – 16h
Gramsci
Miguel Heleno
Comentário: Ricardo Sá Ferreira

Ernest Mandel
Amarílis Felizes
Comentário: João Mineiro

intervalo


16h30 – 17h30
Rosa Luxemburgo
Leonor Figueiredo
Comentário: José Soeiro
Paulo Freire
Mafalda Côrte
Comentário: Zé Freitas

17h30 – 18h30
William Reich
Joana Cruz
Comentário: Nuno Moniz

Nancy Fraser
Irina Castro
Comentário: Diogo Gil

noite
Jantar “Tira o socialismo da gaveta”

A teoria não é o baú onde se vai encontrar o segredo para a transformação social. É na experiência política concreta, no activismo, que se fazem as grandes aprendizagens. Mas como pensar sobre essa experiência? E o que pensaram outros e outras que, antes de nós, tiveram também a mesma vontade transformadora? Que reflexão fizeram sobre o tempo que viveram? Que instrumentos de análise herdamos deles? Que conceitos novos trouxeram para o pensamento revolucionário? Que problemas colocaram? Sobre o que pensaram?

Sem memória não há futuro possível e desperdiçamos séculos de experiência. Este fim-de-semana pretende aproximar-nos de alguns dos principais pensadores marxistas. Os “clássicos” mas também outros menos conhecidos, mas em relação aos quais temos curiosidade. Estão aqui filósofos, dirigentes revolucionários, sociólogos, economistas, artistas, pedagogos. Nem todos costumam estar em listas destas. E faltam tantos outros que queremos conhecer melhor (Kollontaï, Pannekoek, Lefebvre, Althusser, Ernst Bloch, Lucian Goldmann, David Harvey, Wallerstein, Zizek, Badiou, Bensaïd, Callinicos, Judith Buttler…) mas que ficarão para a próxima, se desta vez correr bem. O que une este conjunto de figuras é uma referência comum ao marxismo e a capacidade que tiveram de pensar o seu tempo e de avançar respostas criativas em áreas diferentes.

A constelação dos marxismos é bem mais vasta do que a que normalmente se apresenta. A sua diversidade interna faz a riqueza do pensamento crítico marxista. É no confronto dessa diversidade e na recusa da cristalização e do isolamento na discussão que se pode fazer do marxismo não apenas uma referência teórica mas sobretudo um pensamento para a nossa acção política de hoje.

Neste fim-de-semana, ninguém ficará especialista no pensamento de nenhuma destas pessoas. Pelo contrário, o que se pretende é um primeiro contacto com a história de quem eram e, sobretudo, um primeiríssimo contacto sobre as principais linhas de pensamento que desenvolveram. Estes círculos de estudos (para recuperar a expressão de Illich, ele próprio merecedor de uma maior atenção) têm como objectivo único mostrar a diversidade e a riqueza da reflexão de referência marxista e sobretudo despertar a curiosidade, para que cada um e cada uma possa depois aprofundar os autores e os temas que mais o interpelaram.

Cada pensador ou pensadora será apresentada em 30 minutos (5 minutos de referências biográficas, o resto do tempo para apresentar as suas principais linhas de pensamento e conceitos). Depois, outra pessoa fará um comentário crítico, complementando estas informações, propondo outra leitura ou trazendo esse pensamento para o confronto com os problemas, as dificuldades e os debates da actualidade.

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