Estamos no século XXI, já não temos quinze anos, trabalhamos e somos mulheres independentes e 100% emancipadas. Numa sociedade em que a competitividade é uma realidade, a nós mulheres cabe-nos ainda a carga acrescida de, apesar de toda esta modernidade, vivermos numa sociedade machista e que ainda negligencia parte dos nossos direitos como indivíduos.
Apreendemos desde tenra idade que temos sempre de fazer mais e melhor se queremos chegar a algum lado e atingir as mesmas metas que os espécimes do sexo masculino. Todo este esforço acrescido transforma-os em adversários e, muitas vezes, em inimigos.
Perdidas nesta batalha, surgem as emoções. E aí o nosso adversário desperta em nós sentimentos únicos e, antes de darmos por isso, já não os olhamos com competitividade e começa a nossa busca incessante pela cumplicidade.
Mas acho que eles ainda não perceberam muito bem as regras do jogo que nos obrigam a jogar. Nunca os quisemos como adversários, o seu preconceito é que assim o impôs. Quando nos apaixonamos queremos deixar de jogar, queremos tirar a capa das fortalhonas e ter uns braços fortes onde descansar da batalha de xadrez em que se transforma o dia-a-dia. Esperamos que compreendam que somos sensíveis, algumas vezes fracas, esperamos que nos entendam de forma incondicional e vejam para além da capa que a sociedade nos impingiu… que nos mimem, que compreendam que estamos cansadas de lutar.
Esperamos por um príncipe que nos permita ser autênticas e nos proteja de todas as adversidades. “Ao pé do meu príncipe n tenho de ser forte, posso ser eu mesma”…
Mas não há príncipes meus amores, infelizmente acabaram por destruir toda a menina que tinha dentro de mim. Já não acredito em histórias de encantar.
Eles simplesmente não têm inteligência e maturidade suficiente para jogar o seu próprio jogo. Para eles será sempre competitividade e eles, os fortes, os donos da razão, terão sempre de ficar por cima.
Sejam eles trastes, mentirosos, cobardes ou seres fictícios e incapazes de encarar a realidade, jamais serão príncipes, porque os príncipes, esses sim, sabiam jogar, esses lutavam batalhas pelas suas amadas, sabiam ser homens e amantes e no final, viviam felizes para sempre….
Mas sabem o que ainda se mantém igualzinho às histórias de encantar???? A amizade amigas, e isso, e a única coisa com que podemos sempre contar.
loviuall
Silvy
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