Minhas queridas e queridos, conhecem aquela expressão: " Fiquei sem tapete"
Pois é, este é o estado que me tem abraçado nos últimos dias.
E começei a reflectir e cheguei à conclusão que se fica sem tapete de diversas formas, sem afecto familiar, sem emprego, sem amor, e de muitas outras formas.
Mas para mim estas três são as mais importantes, no que toca à família, ao longo dos anos e depois das partidas que a vida nos prega, os nossos familiares e mesmo nós ficamos mais amargos, mais secos e os afectos de menina e as brincadeiras de jovem, ficaram bem lá atrás. Sentimos saudades, sofremos com a ausência do mimo, mas sobrevivemos;
Quanto ao emprego, até alguns dias atrás eu dizia que a "crise" estava na cabeça das pessoas e que o melhor era não ver noticiarios, mas de subito a "crise" bateu na minha porta. As grandes estruturas empresariais têm feito como todos nós sabemos cortes brutais de todas as maneiras e feitio, na minha empresa o corte foi "variavel" vou ver o meu ordenado reduzido, e por isso a minha vida mais uma vez mergulhou num turbilhão de emoções, irei mudar de casa e quem sabe de estilo de vida, fiquei profundamente triste " sem tapete" portanto!
E o amor: onde anda ele, costumo dizer que quero o mais simples e o mais complicado ao mesmo tempo, uma Família. A vontade é tanta que acabamos por nos envolver de forma inconsciente num marasmo de emoções que acabam por dar em nada...
O ficar "Sem Tapete", serviu pelo menos, para me aproximar da minha familia, especialmente do meu pai, serviu para não massacrar tantos as amigas rastilho com histórias de amor, que de amor tiveram muito pouco:) e serviu para entender que o mundo sofre por amor ou carência afectiva e isso resolve-se de duas maneiras: sermos seres mais egoistas e não abdicar dos nossos sonhos e vontades em prol do outro, porque ele não fará o mesmo, a sintonia há-de aparecer um dia.... quanto menos esperamos......
Ainda bem que fiquei sem tapete!
Beijos
Monique "La Bomba"
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