Também procuro o meu boneco de vodu Parte I - Torci o pé

Regressei. Relativamente bem disposta. Feliz mas com algumas mazelas mais ou menos internas, mais ou menos profundas, mais ou menos visíveis.

É isso mesmo, também procuro o meu boneco de vodu. Para se sobreviver por aqui, definitivamente temos de ter grandes cunhas ou uns cornos bem rijos como costumo dizer. Eu cá orgulho-me de os ter bem rijos!

Não teria tanta piada se não fosse uma história à la Pipinha e contada a la Pipinha. Sim, no ultimo mês aconteceu-me de tudo. Coisas bizarras e outras com piada.

Há cerca de um mês atrás, na sexta feira imediatamente antes do concerto dos Killers torço um pé a descer a escadaria que percorro há mais de 20 anos. Aproveito aqui para esclarece desde já que não estava bebada, tá?Felizmente ia bem acompanhada e tive uma assistência de primeira. O que não vale uma pessoa estatelar-se na praça dos restaurante do mercado Santana, chorar penosamente sem lágrimas, implorar que não lhe toquem porque as dores são muitas. Num minuto estava sentada na esplanada do Lizbar com o Martins a pôr-me gelo no pé e a servir-me um Moscatel para me acalmar os nervos.

Concluido, como é lógico não faltei a Killers, estive lá em pontas e de muletas pinkie a condizer com a indumentária. Curti milhões, tive free pass nas filas da casa de banho, serviço imediato de jolas e acabei no Lux a dançar como uma dançarina profissional.

O day after não é difícil de prever. Calor, muito calor e o pé num estado lastimável.

Resultado: uma semana de fisioterapia e a aquisição daquele dom nada invejado de previsão de dias de chuva para o resto da vida.

Pipeline